O M.R.A. Galiza festejou no dia de ontem o Solstício de Inverno. O lar escolhido para dar começo ao acto foi A Peneda na parróquia de Nembargantes no concelho de Redondela.
Sonhas cum sol hoje desaparecido
Símbolo da vida, de eterno retorno.
Encurtam os dias, o inverno chegou,
Mas no teu coraçom, sempre ficará a brilhar.
Na noite mais longa entraste na tua casa
A acender a coroa e preparar o fogo.
Vai começar umha longa velada
Com teus irmãos, irmãs, amigos, camaradas.
Sobre a mesa feita há já três velas
Para os que estám longe, mortos, crianças a chegar.
O rito solisticial vai renovar-se
Em memória do passado, por um grande porvir.
Celebraram-se os nossos antergos desde milénios
Esta noite consagrada à grande esperança
Dum sol que regressará a iluminar a nossa terra
Um mais cada dia, à medida que avançam as estaçons.
Temos de juntar-nos na noite dos nossos povos
Para mais nos fortalecermos neste mundo hostil.
Amanhã, já o sabemos, o sol brilhará
No fundo das nossas florestas, no coraçom das nossas cidades.
É na obscuridade, durante esta pausa,
Que podemos forjar as armas que necessitamos
Para o triunfo das nossas ideias, da nossa causa,
E oferecer à Europa desde Gallaecia um amanhã melhor.
À volta desta mesa, homens e mulheres livres,
Vêm recordar e reencontrar os seus Deuses.
Sente-se a alma que vibra através dos nossos cantos,
A alma da linhagem, a dos nossos avós.
Nesta noite portadora de grande promessa,
A nossa longa memória nos manterá firmes.
Porque, se Conventina nos trouxe ledícias,
Sabemos que o Bandua retornará
E com ele Lugh regressará.
Logo de dar leitura a vários textos e arengar umhas verbas, fumos visitar o fermoso Castelo de Soutomaior, no concelho com o mesmo nome.
Já acampados logo de cear, dimos começo a cerimónia e ritual do solstício de Inverno
A nai entrelaçou a coroa do Advento,
Entrelaçou-na com ramos bem verdes,
Que tirou do grande abeto sempre verde.
Umha vela arde na coroa. Todos meditam.
Certamente, tudo irá bem, porque assim o desejamos,
Como os pais o desejaram e como desejaram os de amanhã.
Sabem que, apesar de tudo, a vida é assim.
É o dia mais curto do ano.
O de amanhã será maior, o Sol regressará.
É a grande festa do Inverno, dia de ledícia,
Ledícia calma, penetrante, que cada um encontra no fundo de si
Diante da pequena chama que bruxuleia no candil.
Cada um refai o caminho percorrido.
A inquietaçom nasce no coraçom do homem se ele esquece
As leis da vida.
Um grande silêncio. Umha força enorme.
Como umha grande espera.
Diante da pequena chama que cintila agora no candil de pedra,
Cada um reencontra a confiança na sua força.
Ledícia triunfante de quem guarda a esperança.
O Sol triunfará.
O pai acende a fogueira de Nadal e, nos seus olhos,
Há também umha grande chama.
O fogo claro sobe na lareira.
A casa está cheia de calor e luz.
Todos meditam.
Todos prometem guardar fé em si mesmos
E na vida.
Em todos se eleva umha força nova.
A vida da nossa raça triunfará.
Já bem entrada a noite houvo tempo para mostrar novamente a nossa solidariedade com o camarada Pedro Varela, prendido a passada semana polo Estado Sionista Espanhol.
Parabéns! Umha vez máis o MRA (ista vez a seçom MRA Lucense)volta com um dos actos máis sinalados distas datas, e faino de geito magistral.
ResponderEliminarDá gosto olhar, a normalizaçom coa que se leva a vossa agrupaçom e aceitaçom entre a gente de a pé.
Solsticio de inverno, honra aos Deuses, comunión coa natureza, lembranza ao nosso grorioso pasado, e por se isto for pouco: tempo pra solidarizarse a atuar pola merecida liberdade de Pedro Varela.
Minha noraboa, e sinceiros parabéns.
Um do norte. Abraços.