terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Solstício de Inverno



O M.R.A. Galiza festejou no dia de ontem o Solstício de Inverno. O lar escolhido para dar começo ao acto foi
A Peneda na parróquia de Nembargantes no concelho de Redondela.



Sonhas cum sol hoje desaparecido
Símbolo da vida, de eterno retorno.
Encurtam os dias, o inverno chegou,
Mas no teu coraçom, sempre ficará a brilhar.

Na noite mais longa entraste na tua casa
A acender a coroa e preparar o fogo.
Vai começar umha longa velada
Com teus irmãos, irmãs, amigos, camaradas.

Sobre a mesa feita há já três velas
Para os que estám longe, mortos, crianças a chegar.
O rito solisticial vai renovar-se
Em memória do passado, por um grande porvir.

Celebraram-se os nossos antergos desde milénios
Esta noite consagrada à grande esperança
Dum sol que regressará a iluminar a nossa terra
Um mais cada dia, à medida que avançam as estaçons.

Temos de juntar-nos na noite dos nossos povos
Para mais nos fortalecermos neste mundo hostil.
Amanhã, já o sabemos, o sol brilhará
No fundo das nossas florestas, no coraçom das nossas cidades.

É na obscuridade, durante esta pausa,
Que podemos forjar as armas que necessitamos
Para o triunfo das nossas ideias, da nossa causa,
E oferecer à Europa desde Gallaecia um amanhã melhor.

À volta desta mesa, homens e mulheres livres,
Vêm recordar e reencontrar os seus Deuses.
Sente-se a alma que vibra através dos nossos cantos,
A alma da linhagem, a dos nossos avós.

Nesta noite portadora de grande promessa,
A nossa longa memória nos manterá firmes.
Porque, se Conventina nos trouxe ledícias,

Sabemos que o Bandua retornará
E com ele Lugh regressará.


Logo de dar leitura a vários textos e arengar umhas verbas, fumos visitar o fermoso Castelo de Soutomaior, no concelho com o mesmo nome.



Já acampados logo de cear, dimos começo a cerimónia e ritual do solstício de Inverno

A nai entrelaçou a coroa do Advento,
Entrelaçou-na com ramos bem verdes,
Que tirou do grande abeto sempre verde.
Umha vela arde na coroa. Todos meditam.
Certamente, tudo irá bem, porque assim o desejamos,
Como os pais o desejaram e como desejaram os de amanhã.
Sabem que, apesar de tudo, a vida é assim.
É o dia mais curto do ano.
O de amanhã será maior, o Sol regressará.
É a grande festa do Inverno, dia de ledícia,
Ledícia calma, penetrante, que cada um encontra no fundo de si
Diante da pequena chama que bruxuleia no candil.
Cada um refai o caminho percorrido.
A inquietaçom nasce no coraçom do homem se ele esquece
As leis da vida.
Um grande silêncio. Umha força enorme.
Como umha grande espera.
Diante da pequena chama que cintila agora no candil de pedra,
Cada um reencontra a confiança na sua força.
Ledícia triunfante de quem guarda a esperança.
O Sol triunfará.
O pai acende a fogueira de Nadal e, nos seus olhos,
Há também umha grande chama.
O fogo claro sobe na lareira.
A casa está cheia de calor e luz.
Todos meditam.
Todos prometem guardar fé em si mesmos
E na vida.
Em todos se eleva umha força nova.
A vida da nossa raça triunfará.




Já bem entrada a noite houvo tempo para mostrar novamente a nossa solidariedade com o camarada Pedro Varela, prendido a passada semana polo Estado Sionista Espanhol.



segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O verdadeiro N-S

O verdadeiro Nacional-socialismo
O caso galego como exemplo dos erros actuais. Artigo dos anos 80
Para poder ilustrar o tema dos erros do movimento N-S mundial respeito ao tema étnico creio que é suficiente ver o exemplo do estado espanhol. Se umha ideologia deves ser federalista a nível europeio , libertadora e descentralizadora essa deve ser a nacional-socialista. Mais a realidade é que quase tudos os grupos mal chamados "N-S" no estado espanhol som centralistas e nacional-espanholistas.
Há duas raçons: umha, a influência fascista, mussoliniana e em especial falangista, com a sua concepçom estatalista dos povos. E a outra, o medo, autêntico terror, à descentralizaçom e libertade das naçons , à participaçom e ao diálogo dos ridículos miniführers dos grupos "N-S".
Deixando de lado o tema dos fascismos, nos grupos nacional-socialistas do estado espanhol o centralismo deve-se basicamente ao medo a descentralizar (a mesma causa pola que o governo de Madrid se oporá sempre à federaçom ibérica). As estruturas criam-se de forma que ninguém poda dizer nada, as bases nom contam, os mandos étnicos som só peons do centro. E no centro a estupidez total, repleta de swasticas e de frases grandiloquentes, valeira de neuronas, volcados às neuras.
Umha estrutura federal do movimento N-S deve basear-se na participaçom dos colectivos N-S de cada étnia na direcçom geral. O movimento N-S deve abrir-se à participaçom, que leva à confiança mútua (nem rebeldes fartos de nom ser escuitados, nem neuras com ordes descabeladas).
E como exemplo no estado espanhol destes desastres nacional-socialistas creio que a melhor voz é a do amigo e camarada galego conhecido por Guilherme das Arias.

Guilherme nom só luitou totalmente polo verdadeiro N-S, nom só conseguiu que na Galiza os N-S sejam um dos que mais luitam pola sua cultura e étnia (sem mentir, sem fingir, sem utilizâ-la como mentira táctica.), se nom que soupo topar esse catalisador do celtismo galaico, que tam bons frutos poderia ter dado. Ademais ele viveu pessoalmente a impossibilidade de trabalhar nessa linha federal e libertadora dentro de grupos nacional-socialistas obsessos polo medo e o centralismo, a base de mandos e ordens aleijadas da realidade. A visom galeguista de Das Arias é umha liçom para todos.
APROXIMAÇOM À LUITA NS NA GALIZA
Dizia Otero Pedrayo, um dos mais grandes galeguistas, muito próximo ao nosso conceito ideal de Estado e, polo tanto, nom marxista no modo de entender o galeguismo (1), que os galegos somos a comunidade histórica do 'etc', é dizer, a luita das nacionalidades concerta-se no País Basco, em Catalunha, etc... nós somos o 'etc'. E de isso, em parte, o resto do estado espanhol nom têm culpa, mais só em parte.
A primeira imagem que justifica este ilhamento com respeito à luita nacionalista de hoje em dia é o voto galego a umha organizaçom espanholista como é AP. Mais vaiamos por partes a este primeiro ponto:
1- AP na Galiza nom se apresenta como espanholista, se nom como organizaçom conservadora com tintes galeguistas, mui oportunistas em cada situaçom.
2- O que faz votar ao povo galego a AP (ou a outra organizaçom de direitas) é o seu talante conservador, a sua oposiçom de cara ao rechouchio marxista, urbano e 'revolucionário'. O PSOE de vez em quando despista-os, porque esquece o seu cariz marxista, do contrário Galiza nunca votaria ao PSOE, nem sequer nas municipais, onde logra resultados mais positivos (em referência aos núcleos urbanos mais importantes, pois em geral urbe = esquerdas, campo = direita conservadora. E no campo está a verdadeira, e agonizante, Galiza).
Se existi-se umha organizaçom galeguista com respaldo do capital burguês, 'autenticamente' galega como o é o PNV no País Basco ou CiU em Catalunha, nom duvidem que o triunfo seria para essa suposta organizaçom. Coalizom galega tentou isso, mais só está a começar: doze deputados no Parlamento autonômico e um no espanhol. Tampouco está mal, considerando que a burguesia galega (nom o esquecemos, Galiza é essencialmente rural, ainda que se ponham edificaçons de cimento agora no campo ou que os labregos sejam agora assalariados nas urbes) é inexistente ou muito influenciada pola única burguesia da Galiza: a nom galega (castelhana e muito pouca catalã). Só há que olhar a História da Galiza e ver como a revoluçom industrial foi importada para dominar a Galiza rural e marinheira.
Diz-se que desde o século XIII Galiza está numha funda crise (exceptuando certo auge económico no século XVII) e é certo: eliminada ou deportada a sua nobreza com a Reconquista, a elite do povo galego perdeu-se (ainda que nom de todo...) em comparaçom com os demais reinos peninsulares. A divisom de Portugal subtraiu-lhe a sua extensom cara o sul até o Douro, e hoje alguns galeguistas seguem a reclamar tam só o Bierço (província de Leom), Sabra (Samora) e umha zona ocidental do que agora é o principado de Astúrias.
Hoje, o pessimismo, a aguda crise de identidade, o choque campo-cidade que já matou faz tempo ao primeiro, sacando à Galiza do seu contexto cultural e natural, fam meia na típica personalidade calada e nortenha do povo galego. a História diz-nos que Galiza nom foi sempre assi.
Era necessária esta introduçom ao problema da Galiza para compreender onde nos estamos a mover. Ainda que nom como umha justificaçom polos resultados dumhas eleiçons que nom passaram à História (2) salvo pola sua indiferência cara o Sistema.
Sobre galeguismo e NS
Sendo nacional-socialista fum militante dum partido de esquerda nacionalista galego, o ERGA (hoje incluído no Bloco Nacionalista Galego) e ali, queiramo-lo ou nom, foi onde conheci o que eram os intelectuais, o galeguismo, a problemática política e intelectual da Galiza, a sua luita pola soberania
Com semelhante tarjeta de apresentaçom, a minha vida política ia ser breve em dita organizaçom, mais suficiente para que durante o resto da minha vida a pegada do nacionalismo galego deixa-se em mim umha perspectiva galeguista de todo o que fazia e pensava, cheguei pois á conclusom de que o galeguismo nom era só umha ideia política, é um modo de ser, de sentir, de pensar.
Conheci a partir de ai aos ideólogos que junto a Hitler me acompanhárom no deambular cara as posturas NS: Bouza Brey, Álvaro das Casas, Vilar Ponte, Antom Losada, a literatura de Curros Enríquez, Rosalía de Castro (a autêntica), Eduardo Pondal, Carvajal, Amado Carvalho, mesmo o galeguismo em língua castelhana como o de Valle-Inclán ou W. Fernández Flórez, o 'Ressurgimento' com Murguía e Beninho Vicetto à cabeça... mais sobre todos eles, três de primeira ordem para mim e para qualquer galeguista que se aprecie: Otero Pedrayo, A. R. Castelao e, o máximo, Vicente Risco.
Foi Vicente Risco quem me deu a conhecer a Spengler, a Tagore, a Hermann Hesse, a Keyserling, mesmo a ouvir o nome de Carl Jung, a conhecer o europeismo, a nom mestiçagem de raças, de etnias, falar de diferenças, de soberania nacional, de solidariedade, de Galiza como missom histórica, dos celtas,suevos, do espiritualismo. Considerei que ser galeguista é o que nos distingue como povo e etnia do resto de Europa. Sem o galeguismo Galiza nom tem raçom de ser.
Estava claro que a pegada do nacional-socialismo galego devia ser galeguista e nacionalista (tal e como nós entendemos este termo).
Nom topei o desejado eco nos movimentos N-S(3) sobre este feito (sempre dependendo dumha consciência imposta desde a meseta castelhana): todo o galeguismo (salvo A. Bóveda e o último Castelao) nom é marxista (4), nem muito menos, nalguns casos anti-marxista militante (5), em todo caso, é um problema que nom me importava muito (e creio que nom deve importar). Em ambientes falangistas, em progres "N-S" que se consideravam anti-Franco e essas cousas, o galeguismo era para eles (tam progressistas!) ainda algo de esquerdas. Os únicos que falamos galego nas reunions N-S n´A Corunha éramos nós os nacional-socialistas. Toda a nossa acçom na rua, cartas na prensa, etc... era feita no nosso idioma natural. Nom chegava-mos ao chauvinismo de esquerdas, mais às vezes superava-mo-lo em acçons sérias de cara ao estudo do problema galego.
Formamos a secçom na Galiza dum grupo N-S de cheiro espanholista. A central passava de nós, éramos os que sempre falava-mos da Europa das Étnias. Durante um certo período semelhou que o sonho dourado da apariçom do verdadeiro movimento N-S era mais ou menos atendida. Criou-se umha chefatura da zona atlântica que começou a sua acçom fazendo seus os problemas da naçom irmã europeia: Lusitánia. Um ano e meio de trabalhos e viagens baixo o lema 'polo galeguismo cara o universal' conseguiu levar adiante um boletim (“Atlântica”) e uns estreitos contactos cos camaradas de Lusitánia. O celtismo e as nossas relaçons com Irlanda fortaleceram-se, fixe-mos-nos sócios (a nível individual) da Celtic League (hoje já formada na Galiza) e levamos o debate da admissom da Galiza como país céltico de pleno direito no Congresso daCeltic League em Edimburgo em Outubro do 86. Podemos dizer que a Liga Céltica na Galiza formou-se ao calor do verdadeiro N-S, assi como a Associaçom Juvenil Wagneriana, de impronta galeguista. Para as esquerdas éramos umha moléstia evidente
Començárom pronto os problemas. Vários artigos galeguistas eram rejeitados pola central com a escusa de que denunciava-mos problemas com Madrid, ou porque eram temas localistas(mentres 'nom o eram' temas do Tirol ou Alemanha). Nom se nos compreendia, nom havia espírito N-S, etnicista no grupo. O galeguismo fazia-nos estabelecer contactos com associaçons galeguistas que tinham certo cheirinho a esquerdas, si! mais que eram realmente galeguistas. Isso era mal visto polos chamados "N-S" nacional-espanholistas.
O Partido N-S Galego (o da bandeira galega com swastica) foi um bluff, ao igual que o foi o PNS catalám (PN: como já denunciou Mundo N-S no seu número dedicado ao catalanismo, um bluffclássico dos nazi-fachas que gostam de mentir-se e mentir, de aparentar sem base, de ser máscaras de ocos imensos. Nota de Mundo NS). Estava claro que nom se entendia o da Europa das Étnias.
Guilherme das Airas
Neste ano do Centenário de Castelao rendo honra ao galeguismo que sabe superar os dogmas da “política” do sistema:
“Galiza conta com todos os requisitos e atributos histórico-naturais que caracterizam às verdadeiras nacionalidades; mais falta-lhe algo mui importante para ser perfeita: falta-lhe a sua independência política, o governo próprio”.
”Que Galiza nom é umha naçom por nom ser um Estado independente e soberano?. Se tal defeito nos fosse imputado por espanhóis nós sentiria-mo-nos incitados ao separatismo: mais em realidade só aspiramos a umha autonomia integral, dentro de umha livre federaçom de todos os povos peninsulares. Galiza nom necessita mais, pero nom pode conformar-se com menos”.
Castelao
Notas:
1- Foi deputado electo à República polo partido Galeguista nas Cortes Espanholas; cousa que hoje em dia nom tem, Galiza nom está representada em Madrid por um partido nacionalista. É dizer, em 1936 o galeguismo estava em auge e chegou a ter deputados do PG nas eleiçons de 1931 (Otero Pedrayo, Castelao, Vilar Ponte e Suárez Picalho)
2- O que si pode passar à História da Galiza é a sua despreocupaçom absoluta, o seu rejeitamento silencioso, cara o sistema democrático, aos seus chamamentos à 'colaboraçom na estabilizaçom do sistema-regime', é dezer, a sua abstençom em todos os comícios generais, autonômicos, municipais oureferendos, o povo galego pode ter a honra de ser o mais 'depreciativo' cara o sistema, de entre todos os povos do estado espanhol.
A consciência agraria segue impregnando Galiza (50% de mao de obra no campo). A abstençom chegou a quotas do 80-70% do censo eleitoral, e a sua meia é do 60-50%.
3- É sabido que os grupos NS, reconheçamo-lo, só se preocupam do que passa na sua central, nos seus congressos ou 'presidentes'. Os seus organogramas som sempre os mesmos, centralismo, para a desgraça da defesa da Europa das Etnias.
4- Sempre direi que se o franquismo nom se induzisse fronte ao nacionalismo galego, hoje o marxismo aqui seria espanholista. A confusom direita-fascismo, tam peculiar no estado espanhol, foi nefasta para o etnicismo e o verdadeiro NS.
5- Em 1935 o partido galeguista divide-se em Republicanos (Castelao ira-se por este lado) e Direita Galeguista (com Otero Pedrayo e V. Risco á cabeza). Era a fim do galeguismo histórico. Começava o galeguismo do futuro: abolir prejuízos ideológicos baseados em políticas baratas. A guerra civil empiorou-no todo.

Texto extraído do n. 34 (Julho de 1987) da revista Mundo NS. Traduzido do castelhano por Mil Laighin. A antigüidade de alguns dos dados expressados faz que nom atendam à realidade actual, mais as denuncias que se formulam nom perdérom, desgraçadamente, a sua vigência.

Nacional-Socialismo Galaico!

Som Galego, também som Nacionalista (já dizia Rosemberg que o Nacionalismo e Socialismo bem entendidos som sinónimos) e com certeza Nacional-Socialista, ainda que para umha inmensa maioria de esses “ camaradas “ que dim ser N-S, e arrogam-se o direito de omitir ou retirar certificados de autenticidade e ortodóxia N-S, resulta que o ser Nacionalista Galego é imcompatível com ser N-S. Nas suas estreitas e incapacitadas mentes equiparam o Nacionalismo Galego com toda umha série tópicos repetidos até a saciedade que nos anojam profundamente.


No fundo de todo isto subjaze aquilo que um ilustre historiador Galego, denominara como Enigma Histórico, é dizer Espanha. O que é Espanha? Em Abril de 1999 em “ Bajo la tiranía “ publicou-se um artigo que mais ou menos vem a respondê-lo, “ El problema Nacional “, eu som consciente e creio que o autor também, de que umha ampla maioria dos nossos “ camaradas “ consideram esse artigo como próprio de um separatista, o que equivale à incapacidade para Fazer Fronte a umha realidade patente, que é o primeiro passo para resolver a problemática que pranteja esta realidade, por parte de estes , os nossos “camaradas”.


Quero mostrar, sem hipocrisias , sem cinismo, sem estratégias possibilistas o que para alguns é umha obviedade, Espanha nom é umha naçom, nom é umha unidade geográfica, nem racial, nem lingüística, nem cultural, e quase nem tam se quer Histórica a pesar de esses aparentes 500 anos de “ convivência “ em comum, convivência para aqueles que o vem desde o centro a través das historietas novelas que a todos nos fizérom aprender na Escola e que levavam o título genérico de “ Historia de España “. Mas esses séculos de convivência,
vistos desde a periféria e desde a experiência pessoal da imposiçom do alheio e o sentir vergonha polo próprio para querer imitar ao colonizador, vem-se, por aquel que conseguiu a sua sindroma de Estocolmo, como 500 anos de escravitude, 500 anos de dominaçom submetimento, desde que aqueles servidores de Deus (se quadra de algo mais tangível) chamados reis católicos (universais) decretassem aquilo que se deu em chamar, em palavras do seu crónista Jerónimo Zurita “ Doma y Castración del Reyno de Galizia “ inaugurando o que já podemos considerar como estado moderno proto-capitalista, primeiro escalom da escada que nos leva ao estado único mundial, na ante-sala do qual atopamo-nos agora mesmo.



Euskeras e Catalans começarám a sofrer nas suas carnes, a doma e castraçom com a chegada dos borbons, um passo mais do lento devir da história cara a realidade que vivemos actualmente. Mas teriamos que aguardar até os quase 40 anos de ditadura de Franco para atingir a cimeira de essa enfermiça necessidade de homogeneizaçom que levou a vigorizar mais ainda o sentimento de culpa dos galegos, polo mero feito de que Franco naszera na Galiza , mas nom era Galego; provocou umha imigraçom massiva, que já vinha de antes, mas nom em estas quantidades desestabilizadoras e que atentam contra a dignidade e especificidade de um povo que merecia melhor sorte, a Catalunya e Euskal Herria sobre todo quando esta esta massa imigrante do resto do estado Espanhol, com o apoio institucional nega-se à integraçom na língua, cultura e indiossincrásia daquele generoso povo que os acolheu, para passar a constituir parte dos que som chamados Xarnegos e Maketos.


Por certo, fazendo mençom destes 500 anos de “ convivência histórica “, nom quereria deixar passar por alto o paradoxo da actitude de certos “neo-paganos” defensores da unidade inquebrantável de Espanha em base à realidade de esta convivência, para eles suficientemente ampla para poder falar de unidade indissolúvel de Espanha. O paradoxo vem de que para eles, 2000 anos de cristianismo nom é um periodo suficientemente longo para poder falar da indissolúvel uniom da religiom judeu-cristiana com Espanha, tentando com isso recreiar umha espécie de Frankenstein, ressurgindo umha múmia de museu chamada paganismo, para decair em um pretendido espiritoalismo pagano “ new age “, que é ao único que se pode aspirar quando a Tradiçom ( com T maiusculo, no acervo guenoniano), é dizer a transmissom direita perdeu-se, rompeu-se. Nom passa o mesmo com a tradiçom ( com t minúsculo ) das naçons que formam o Estado espanhol, a pesar dos 500 anos de “ convivência “, continua viva, transmitindose de pães a filhos, ainda que cada vez de umha forma mais precária e débil, algo por outra parte consubstancial ao tempo que nos tocou viver.


Proclamamos assim a vigência do nosso Volksgeise, verdadeiro definidor e limitador do ser nacional da nossa pátria carnal, como assim mostrarom aqueles primeiros valentes Galegos que ousárom reclamar para sua pátria o que o que em justiça lhe pertencia após de séculos de silenciosa e obscura existência, com Antolim Faraldo à cabeça, pagarom caro o seu atrevimento covertendo-se nos Mártires de Carral. Como assim no-lo mostrárom nossos poetas do rejurdimento. Rosalia e o seu amargo e eterno laio, esse nom poder viver sem a Terra, aprendeu-nos a amar e a necesitar a Terra, como quem necessita oxígeno para poder viver. Eduardo Pondal, ou poeta da Raça dos Galaicos, exalta como ninguém nosso orgulho de estirpe antiga e nobre, e a ele seguimos quando nos convida a tomar o exemplo dos Celtas Antigos. Dos nossos historiadores, Vicetto e Murguia. Vicetto supria meios com imaginaçom, idealismo e romanticismo. Murguia, pertencente à élite científica e intelectual do seu tempo, conhecedor das teorias darwinianas e admirador das teses do ilustre e adiantado Conde de Gobineau, possou inmediatamente identificar a raça dos Galegos como membro de pleno direito da raça ariana, tanto pola sua fisionomia como pola sua cosmovisom céltico-nórdica que pervive nas suas gentes do campo e do mar, e tem sua máxima expressom em essa característica que Walter Darré expressaria como definidora dos homens de raça nórdica, o apego ao cham, à terra , e que na Galiza da-se com extremada exacerbaçom, levando a enfermar de Morrinha a aqueles que se afastam da Terra. Este sentimento nórdico em ( palavras de Darré ) de apego à terra levou ao ilustre Vicente Risco a escrever o seu ensaio “ O sentimento da Terra na Raça Galega “, publicado no número um da revista NÓS. De Alfredo Branhas e o seu “ O Regionalismo “, umha das primeiras pedras na construcçom político-económica do Nacionalismo Galego. De Losada Diegues, os irmãos Vilar Pom-che e as suas Irmandades da Fala e, sobre todo, da élite mais importante que deu este país desde que a élite guerreira dos nobres Galegos, sempre os nossos senhores, emcabeçados polo Mariscale Pero Pardo de Cela e por Pero Alvares de Soutomaior, conde de Caminha, também conhecido por Pero Madruga, fórom executados uns e submetidos e desterrados os outros quando ousárom enfrertar-se a usurpadora da coroa de Castilla, Isabel I, entom chamada a rainha católica (universal).


Esta nova élite que se deu em denominar Geraçom Nós, sendo seu mais alto e ilustre representante Vicente Risco, verdadeiro ideólogo de um Nacionalismo Galego racista, no sentido de considerar os caracteres raciais como definitórios na potencialidade criadora de um povo. Tradicional, no sentido, de considerar que toda producçom futura do nosso povo deve ser pola forma tradicional de entender a vida da nossa raça, portanto mostrar-se partidário de recuperar e animar as tradiçons populares de um povo que languidez na parte obscura da história, a dos perdedores. Risco sabe que a vivicaçom das tradiçons ancestrais e populares é um elemento fundamental que alimenta ao Volksgeise da nossa naçom. Socialista, Risco jamais chamou-se assim mesmo socialista, polas connotaçons que dita palavra tinha em aquele tempo, associada a Marxistas de todo tipo que compartiam um materialismo que Risco detestava, como furibundo anti-Marxista que era. Mas desde o nosso óptico, o dos Nacional-Socialistas, sim podemos considerar a Risco como um Socialista, porque practicava um Nacionalismo “ bem entendido “ que diria Rosemberg, um nacionalismo que nom entende de classes nem de divisons arbitrárias, um Nacionalismo de Blue und Bodem, em definitiva um Nacionalismo integral que inclui a todos os membros do Volk , e que reconhece que a essência última da alma do povo descansa em aqueles que cultivam a terra com as suas mãos e atopam-se longe da degradaçom de esses campos santos de cimento e asfalto onde o vício é introduzido polas parásites e as fezes do nosso próprio povo que ascende no escalom social urbano criando a antítese da nobreza de Sangue e Cham,à que trata de anular quando o peso político recai na cidade e nom no campo. Risco, como Darré, pranteia a necessidade de umha sociedade ruralizada, que maximize a producçom, mediante as disposiçons legais que sejam pertinentes a tal efeito.


Há outra característica do Nacionalismo de Risco que o achega ao Nacional-Socialismo, ou canto menos ao pensamento de Rosemberg e Darré. É a sua concepçom de Estado, Risco criticava ao Fascismo Italiano, por extensom ao Espanhol, triste remendo a-racial que se deu em chamar Falangismo ou Nacional-Sindicalismo, por colocar ao estado como fim por riba da naçom ou naçons que colocam dito estado, o que sem dúvida degenera no imperialismo e a colonizaçom, como de feito aconteceu em ambos casos, quadrando com Rosemberg, que no seu “ Mito do Século XX “ afirma, que o estado é um meio para a conservaçom do povo, sendo a naçom o primeiro e o último ao que deve submeter-se todo o demais. Darré vai muito mais alá da concordáncia com Risco, ao considerar ao estado como umha ferramenta juridico-política ao serviço da naçom, que pode variar ao longo do tempo nas suas formas, mentres que a naçom ( raça, terra e tradiçom ) permanece invariável. Portanto, tanto para Risco como para Darré, toda forma de estado será legitima sempre que , em palavras de Risco, se ponham por riba de todo o sentimento de Terra e a Raça, o desejo colectivo de superaçom, e a orgulhosa satisfaçom de ser Galego.
Falava-mos de Risco, e falar de Risco é falar da Revista Nós, que da o nome a toda umha geraçom, sendo como foi a tribuna privilegiada do bom fazer cultural do Nacionalismo Galego, contando com nomes como: Losada Diegues, Ramom Cabanilhas, Otero Pedrayo ( velho fidalgo galego ), Cuevilhas e o insigne patriota e artista Castelao entre outros, Nós faze-se apresente na vida da Galiza no 1920-1936, um 1936 que significa o apagar de um modesto candil que umha excelsa geraçom conseguirá prender para alumiar umha humilde existência e vislumbrar um escuro e triste passado.


Mas a Geraçom Nós vai mais alá, cria umha auténtica Anhenerme galaica, na procura da “ Memória dos ancestros “, constituindo o Seminário de Estudos Galegos (1923-1936), contando com Risco como etnógrafo e artista. Cuevilhas como Pré-historiador, Pedrayo como Geografo, sem esquecer as colaboraçons de Losada Diegues , Viqueira, Antom Vilar Chepom, ou Jaime Quintanilha.
Esta geraçom estabelece umhas bases culturais que umha vez assentadas recomendam a entrada em acçom da mesma, é dizer em política, assim aparece o Partido Galeguista na II República. As mocidades do partido organizadas em torno ao racista Álvaro das Casas, nos grupos Ultreia, tomam umhas formas e umha ideologia mui semelhante às mocidades da Alemanha Nacional-Socialista, com uniforme com Trisquele no peito, e exaltaçom da naçom e da raça. Desgraçadamente, o começo da guerra no 36 significa o início de um longo pessadelo que dura até hoje.


A NOSSA PROPOSTA


Visto tudo isto, e ante a patética realidade do Nacional-Socialismo actual, e nom só a representada polos torcidos do fútebol, antagónico do nosso, se nom também daqueles que falseiam o verdadeiro espírito do Nacional-Socialista para ponhê-lo ao serviço do Espanholismo mais aberrante e anti-natural. Porque já estamos fartos de que os únicos “ camaradas “ que há em Catalunya sejam Xarnegos e os de Euskal Herria, Maketos, “ tipejos “ com esvástica que actuam como auténticos invasores, e que chegado o dia deveriam ser expulsados junto com os imigrantes de cor pola sua incapacidade de adaptaçom no seio da etnia ariana que os acolheu. Na Galiza nom temos Xarnegos, nem Maketos, o nosso é pior, aquí temos Renegados, como nom, criados em urbes, e que chegarom a conclusom que para ser NS é indispensável o ser Espanholista, com certeça, estes indivíduos nom sabem o que é o NS, nem sabem o que significa o Espanholismo e o aberrante do seu ser, e sobre todo desconhecem a vida rural e marinheira da terra que os viu nascer, polo qual resulta complicado que podam entender algo como o Blue und Bodem.


Ante esta situaçom , nós, um grupo reduzido de Nacionalistas Galegos , Nacional-Socialistas (folga já esta aclaraçom), afirmamos:
O Estado espanhol jamais viu-se revestido de carácter nacional, como deixo bem patente em outra parte de este texto, salvo por umha tormentosa “ convivência “ de 500 anos. Tratou de paliar esta carência criando de forma oficial e por tanto artificial umha “ cultura espanhola “, toda ela tomada curiosamente de um povo, de raça nómada e mal avenida com o trabalho , como dizia Castelao, o cigano.
Galiza constitui umha naçom, com etnia, língua, cultura, tradiçom e geografia diferente ( ser diferente, e ser existente, como dizia Risco) do resto dos povos com os que convive no Estado espanhol.
Considera-se que o Estado espanhol, tanto desde umha perspectiva vital da ( que “sempre” caresceu ), como desde umha perspectiva histórica, que nos faze recear de qualquer iniciativa de tipo federalista que trate de ressurgir Espanha como uniom de povos livres ibéricos, assim como desde um ponto de vista geo-político, carece de todo fundamento de futuro.


Só vemos umha soluçom ao problema das naçons sem estado que hoje sofrem todos os estados artificiais e modernos de Europa, e essa soluçom passa precisamente por Europa, umha Europa que devia estar constituida em base das naçons carnais, as naçons naturais, umhas naçons que cederam soberania a um estado europeu que se ocupará da política comum geo-estratégica, mentres que cada umha destas naçons será totalmente soberana no que respeita aos assuntos que incumbem a ela, o qual permitirá que aquelas naçons sem estado que padecerom o cruento turro das políticas uniformadoras por parte de estados alheios, poidam atingir a sua realizaçom nacional, dentro de umha comunidade de povos livres unidos polos laços do sangue e a cultura.


E ante isto, fazemos a seguinte proposta:


As organizaçons Nacional-Socialistas que aos nossos olhos som dignas de credo, constituiram-se em base às naçons naturais de Europa, e nunca em base dos estados artificiais actuais. Na Galiza, estamos em processo de constituçom da nossa organizaçom acendendo a este critério e aos pontos expostos anteriormente. Tratando ao NS desde umha perspectiva Galega.


As organizaçons constituidas em base ao critério anterior, devem proceder à sua paulatina federaçom, a organizaçom comum debe ser um claro exemplo daquilo que pretendemos construir em Europa.
Pode semelhar soberbo o que direi a continuaçom ( muitos lectores, consideram todo este artigo como um exercício de soberania inaceitável ). Acordem senhores, alguns Galegos deixamos já atrás a nossa mentalidade de escravos,e agora queremos ser senhores na nossa terra, nom na sua, isso é o que nos diferência da sua baixeza moral usurpadora, nós nom pactaremos com nengumha organizaçom que diga ser chamada NS que defenda a pervivência dos actuais estados, que nom se posicione de forma clara e incontrovertível pola dissoluçom dos actuais estados artificiais na Europa das etnias, e com aquelas que actuando em distintas naçons naturais nom transmite ao seu próprio estructuro organizativo, o estructuro federativo consequente com aquilo que diz defender.


Creio que com isso fica clara a nossa postura e semelha-me improcedente a introducçom de mais detalhes técnicos aos já expostos.
Estou plenamente convencido de que os NS actuais nom som parte do NS do futuro, se nom do NS do passado, burgueses, Nacional-Liberais e indivíduos de esvástica de fim de semana, espanholistas vários, pessoas que no patético e anódino da sua vida gostam das histórias da era hitleriana, como quem gosta do cinema clássico, incapazes, polo cego temor a perder o seu status social no $i$tema e só sabem recrear e lembrar, nunca saberam CRIAR como CRIOU Hitler.





VIVA GALIZA CEIVE !